Cachoeira está “revoltado”. Considera-se um “preso político”. Acha
que o escolheram para “bode expiatório”. Mantém-se informado atrás das
grades. Além do noticiário, “lê o Código Penal, a Bíblia e o inquérito.”
Perguntou-se a Andressa se Cachoeira levará os lábios ao trombone ao
depor na CPI que leva seu nome. E ela, algo enigmática: “Ele reflete
muito. Como toda pessoa que está presa, longe dos seus, pensa uma coisa
e, depois, pensa outra. Difícil saber o que vai acontecer. Ele não tomou
uma decisão.”
Confinado no presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), Cachoeira
perdera “quinze quilos”. Após a transferência para a penitenciária da
Papuda, em Brasília, “já ganhou peso.” Segundo Andressa, “a cabeça dele
está muito bem. As ideias estão se organizando. Mais tranquilo, menos
ansioso. O isolamento de Mossoró fazia-lhe muito mal.”
Aos olhos da mulher, Cachoeira é um injustiçado: “Julgam o Carlinhos
por isso ou por aquilo. Mas a pessoa que eu conheço não é essa. O
Carlinhos que eu conheço faz caridade, doa caminhão de macarrão para
creche, doa caminhão de brinquedo. É humano, comprometido e
responsável.”
Andressa aborreceu-se com um comentário feito por Pedro Simon
(PMDB-RS), ao pedir que o Conselho de Ética requisitasse proteção para
Cachoeira na cadeia: “Fiquei muito chateada quando um senador, acho que
Pedro Simon, disse que ele é o futuro PC [Farias]. Pegaram o Carlinhos,
julgaram, condenaram e agora querem matar.”
Ela acha graça quando vê amigos renegando o marido: “Isso é cômico.
Não entendo. O Carlinhos tem tantos amigos de todos os níveis sociais.
Não vejo problema em dizer que o conheciam.” Tem falado com Demóstenes
Torres? “Falei com ele antes, agora ele está cuidando da defesa dele.”
Quando se uniu a Cachoeira foi alertada de que ele operava no ramo do
jogo? “Dizer isso seria afirmar uma contravenção. Posso dizer que fui
avisada que ele estava batalhando pela regulamentação dos jogos. Lá
fora, Carlinhos seria considerado um grande empresário. Aqui, é
contraventor. […] Ele está batalhando. Ninguém quer ficar na
informalidade. Ele também não.”
Deu no Blog de Josias de Souza




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